quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Resumo, trabalho de campo e ideologia


 Durante as nossas pesquisas observamos que as pessoas adeptas ao heavy metal conhecem em graus diferentes a historia dele. Alguns conhecem muito profundamente o estilo, enquanto outros conhecem apenas o “básico”, onde surgiu, quando se popularizou, bandas mais famosas, etc.
  Durante as nossas entrevistas nos foi dito que hoje em dia o heavy metal perde e ganha adeptos incessantemente, por conta do surgimento das novas bandas. Algumas bandas são muito boas e outras muito ruins, e isso causa tanto a perda quanto o ganho de adeptos. As bandas preferidas são as mais tradicionais, que seguem um estilo mais old school, enquanto que as mais impopulares são aquelas que tentam modernizar o movimento, introduzindo mixagem por computador, etc.
  Grande parte da sociedade é ignorante, uma vez que grande parte dela critica o movimento e o seu estilo sem nem ao menos conhecê-lo. “Eu, assim como a maioria dos headbangers não ligo para o que os outros dizem, as criticas só nos fortalecem.”
  A religião é uma forma de auto-ajuda para aqueles que se sentem só no mundo. Existem vários tipos de religião, e estes causam problemas quando diversos pontos de vistas se colidem. Essas colisões ocorrem desde a Idade Média, como exemplo as Cruzadas, até os tempos de hoje, como os conflitos entre Israel e a Palestina. “Mas, além disso, eu não penso muito mais sobre a igreja ou religião. Não ligo para ela. Não tenho interesse, não odeio nem gosto, tanto que sou espírita.”

  Descobrimos alguns outros pontos de encontro além da já bem conhecida Galeria do Rock, como o Kazebre Rock Bar, Via Funchal de São Paulo e “qualquer outro lugar em que tiver show de metal de bandas que eu curta” (isso vale para todos os headbangers).  “Para mim o heavy metal significa tudo, não consigo ficar um dia sequer sem escutar e tocar um pouco que seja dele, mas quando acontece de eu ficar um dia sem escutá-lo parece que esse dia não teve sentido. O heavy metal me contagia, assim que começo a escutar não consigo mais parar, e quando eu assisto a um DVD de um show de alguma banda que eu gosto, eu me sinto como se estivesse no show, e a atmosfera de verdadeiro show ao vivo é muito foda. Eu não curto apenas um tipo de metal, curto mais de um tipo, mais de uma banda, assim como a maioria dos que falam que realmente curtem heavy metal. Eu curto metal tradicional que tem um som mais pesado e mais cadenciado, trash metal que tem um som mais acelerado que os outros, death metal que tem um som bem pesado, e também power metal, que tem um som acelerado, porem não muito pesado”.
  Com as nossas entrevistas observamos que os adeptos ao metal se enxergam como se fossem uma família, “the brothers of metal”. E que se vêem como se fossem diferentes do resto da sociedade, “somos julgados, chamados de loucos e mais, apenas por usarmos roupas pretas, cabelo comprido, etc. E não ligamos para o que acham da gente. Somos como somos e gostamos”.
 

3 comentários:

  1. Sou assim também, porém, não conheço se quer um metaleiro fora meus primos q são 2. Minha mãe me vê como um louco satanista, mas sinto necessidade de provar algo a alguém. O metal é como um remédio para a minha alma, por isso vivo o metal sem medo dos olhares profanos das pessoas

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  2. Sou assim também, porém, não conheço se quer um metaleiro fora meus primos q são 2. Minha mãe me vê como um louco satanista, mas sinto necessidade de provar algo a alguém. O metal é como um remédio para a minha alma, por isso vivo o metal sem medo dos olhares profanos das pessoas

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